Veja quais são os 20 erros mais comuns cometidos pelos investidores, de acordo com o CFA Institute, para que você possa evitá-los.
Para evitar esses equívocos, os investidores podem se lembrar de manter a racionalidade e o foco em seus objetivos de longo prazo. A construção de uma carteira de investimentos sólida geralmente requer a avaliação dos seguintes elementos:
- Metas financeiras
- Renda atual
- Padrões de gastos
- Ambiente de mercado
- Retornos previstos
Com esses aspectos em mente, os investidores podem evitar se preocupar excessivamente com as flutuações de curto prazo no mercado e se concentrar no que podem controlar. Realizar investimentos consistentes a longo prazo pode gerar impactos significativos, com o potencial de acumular riqueza substancial ao investir de forma constante ao longo do tempo.
Ninguém está isento de cometer erros, incluindo os investidores mais experientes do mundo.
A boa notícia é que esses erros de investimento podem ser fontes de lições valiosas com o passar do tempo, oferecendo aos investidores a chance de adquirir conhecimento no campo dos investimentos e, assim, construir carteiras mais robustas.
Desde escolhas de investimento baseadas em emoções até o pagamento excessivo de taxas, aqui estão alguns dos equívocos que os investidores frequentemente acabam cometendo:
1. Ansiar por rentabilidades muito altas – Ter expectativas de retorno razoáveis ajuda os investidores a manter uma visão de longo prazo sem reagir emocionalmente.
2. Não ter objetivos de investimento – Muitas vezes os investidores concentram-se nos retornos a curto prazo ou na última moda de investimento em vez dos seus objetivos de investimento a longo prazo.
3. Não diversificar – Diversificar evita que um único ativo (ou poucos) impacte(m) drasticamente o valor do seu portfólio.
4. Foco no curto prazo – É fácil focar no curto prazo, mas isso pode fazer com que os investidores duvidem da sua estratégia original e tomem decisões descuidadas.
5. Comprar na alta e vender na baixa – O comportamento do investidor durante as oscilações do mercado muitas vezes prejudica o desempenho geral.
6. Negociar demais – Diversos estudos já demonstraram que quase todos os traders mais ativos tiveram desempenho inferior ao do mercado de ações, anualmente.
7. Pagar taxas demais – As taxas podem impactar significativamente o desempenho geral do seu investimento, especialmente no longo prazo.
8. Concentrar-se em demasia nos impostos – Embora evitar o pagamento de impostos (de maneira lícita) possa aumentar os retornos, tomar uma decisão apenas com base nas suas consequências fiscais nem sempre pode ser a melhor opção.
9. Não revisar os investimentos regularmente – Revise seu portfólio semestralmente ou anualmente para ter certeza de que está no caminho certo, ou de que seu portfólio precisa de reequilíbrio.
10. Risco incompreendido – Muito risco pode tirá-lo da sua zona de conforto, mas muito pouco risco pode resultar em retornos mais baixos que não atingem seus objetivos financeiros. Reconheça o equilíbrio certo para sua situação pessoal.
11. Não conhecer o seu desempenho – Muitas vezes, os investidores não conhecem realmente o desempenho dos seus investimentos. Revise seus retornos para saber se você está atingindo suas metas de investimento, levando em consideração taxas e inflação.
12. Reagir à mídia – Notícias negativas no curto prazo podem provocar medo, mas lembre-se de focar no longo prazo.
13. Esquecer da inflação – De acordo com dados do IBGE, historicamente, a inflação registrada nos últimos dez anos foi superior a 77%.
14. Tentar acertar o timing do mercado – O timing do mercado é extremamente difícil. Permanecer no mercado pode gerar retornos muito maiores do que tentar acertar perfeitamente o melhor momento do mercado.
15. Não fazer a devida diligência – Verifique as credenciais do seu assessor ou consultor, avalie seu histórico de emprego e reclamações.
16. Trabalhar com o assessor ou consultor errado – Vale a pena dedicar um tempo para encontrar o profissional certo. Examine-o cuidadosamente para garantir que seus objetivos estejam alinhados.
17. Investir com emoções – Embora possa ser desafiador, lembre-se de permanecer racional durante as flutuações do mercado.
18. Perseguir o rendimento – Investimentos de alto rendimento geralmente apresentam o maior risco. Avalie cuidadosamente o seu perfil de risco antes de investir neste tipo de ativos.
19. Negligenciar o início – Considere duas pessoas investindo R$ 200 mensais, assumindo uma taxa de retorno anual de 7% até os 65 anos. Se uma pessoa começasse aos 25 anos, seu portfólio final seria de R$ 520 mil, mas se a outra começasse aos 35 anos, totalizaria cerca de R$ 245 mil.
20. Não controlar o que pode – Embora ninguém possa prever o mercado, os investidores podem controlar pequenas contribuições ao longo do tempo, o que pode ter resultados poderosos.
Por exemplo, não realizar uma diversificação adequada pode expô-lo a riscos mais elevados. Manter uma concentração excessiva em uma única posição pode causar variações significativas no valor do seu portfólio quando os preços oscilam.
Pesquisas indicam que o nível ideal de diversificação para uma carteira de investimentos é possuir de 15 a 25 ações. Essa abordagem ajuda a equilibrar o potencial de retorno em relação ao risco.
É importante ressaltar que não existe uma solução única para todos, e buscar orientação financeira pode auxiliá-lo a encontrar o equilíbrio adequado, alinhado com seus objetivos financeiros.
Outro erro comum é o excesso de negociação. Cada transação pode gerar custos adicionais, o que, por sua vez, pode afetar o desempenho geral de seu portfólio.
Por fim, é fundamental acompanhar de perto seus investimentos de maneira regular, especialmente à medida que as condições de mercado evoluem, considerando as taxas e a inflação. Isso permitirá que você avalie se seus investimentos estão progredindo conforme o planejado ou se necessitam de ajustes com base em mudanças em suas circunstâncias pessoais ou em outros fatores.