Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

Entenda como as instituições do Sistema Financeiro Nacional (SFN) estão estruturadas e o papel delas no funcionamento deste.

O Sistema Financeiro Nacional é dividido em três principais áreas de atuação: moeda, crédito, câmbio e capitais; seguros privados e; previdência fechada.

Além disso, o SFN compreende três categorias principais de instituições, são elas: órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.

Os três grupos, conjuntamente, atuam e participam nas atividades econômicas do país, tornando possível o funcionamento da circulação monetária como um todo.

Na tabela a seguir, podemos visualizar de que maneira essa estrutura é formada, de modo a permitir o melhor funcionamento econômico e seu respectivo monitoramento no país:

Órgãos normativosEntidades supervisorasOperadores
CMN (Conselho Monetário Nacional)BACEN (Banco Central do Brasil)Bancos e caixas econômicas Cooperativas de crédito Administradoras de consórcios Cooperativas de crédito Corretoras e distribuidoras Instituições de pagamento Demais instituições não bancárias
CVM (Comissão de Valores Mobiliários)Bolsa de valores Bolsa de mercadorias e futuros
CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados)SUSEP (Superintendência de Seguros Privados)Seguradoras Resseguradoras Entidades abertas de previdência Sociedades de capitalização
CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar)PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar)Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão)
Fonte: Banco Central do Brasil

Órgãos Normativos

Os órgãos normativos desempenham um papel crucial no Sistema Financeiro Nacional (SFN), estabelecendo regras e diretrizes para promover o bom funcionamento do mercado. Essas instituições normativas são importantes porque regulamentam o SFN, atualizam as leis e estabelecem garantias para pessoas e empresas que operam nesse sistema.

CMN (Conselho Monetário Nacional)

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão colegiado responsável por formular e implementar as políticas monetária, cambial e creditícia do Brasil. Considerado o órgão máximo do sistema financeiro nacional, seu principal objetivo é garantir a estabilidade e o adequado funcionamento da moeda e do crédito no país.

Composto por três membros, o CMN é presidido pelo Ministro da Economia e conta com a participação do Presidente do Banco Central do Brasil, além de um terceiro membro indicado pelo Presidente da República e nomeado pelo Senado Federal. Esse terceiro membro geralmente é um profissional com sólida experiência na área econômico-financeira.

Suas principais atribuições incluem estabelecer as diretrizes e metas da política monetária, regular o sistema financeiro, definir a política cambial, autorizar a emissão de papel-moeda, fiscalizar as instituições financeiras, entre outras responsabilidades relacionadas à segurança e à solidez do sistema financeiro.

O CMN realiza reuniões periódicas para discutir e tomar decisões sobre questões ligadas à política monetária e ao sistema financeiro. Suas deliberações têm impacto direto na atuação do Banco Central e das demais instituições financeiras do país.

Assim, o Conselho Monetário Nacional desempenha um papel central na definição e execução das políticas monetárias e financeiras do Brasil, buscando a estabilidade econômica e o crescimento sustentável do país.

CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados)

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é um órgão colegiado ligado ao Ministério da Economia do Brasil. Sua principal responsabilidade é regular e fiscalizar o mercado de seguros, resseguros, previdência complementar aberta e capitalização.

Composto por representantes de diferentes órgãos governamentais, como Ministério da Economia, Ministério da Justiça, Banco Central, SUSEP e CVM, o CNSP desempenha várias funções essenciais.

Entre suas atribuições estão a definição de diretrizes e normas para o Sistema Nacional de Seguros Privados, a regulamentação de seguros obrigatórios, o estabelecimento de regras para seguradoras e entidades do setor, a autorização e fiscalização de operações, a aprovação de condições contratuais e tarifas, e a fiscalização do cumprimento das normas e operações das empresas supervisionadas.

O CNSP realiza reuniões regulares para discutir e tomar decisões relacionadas ao mercado de seguros. Suas deliberações têm um impacto significativo na regulação e funcionamento do setor, visando à proteção dos consumidores, à estabilidade das instituições e ao fortalecimento do mercado.

Dessa forma, o Conselho Nacional de Seguros Privados desempenha um papel crucial na regulação e fiscalização do mercado de seguros no Brasil, assegurando a eficiência, a transparência e a segurança das operações realizadas pelas seguradoras, resseguradoras, entidades de previdência complementar e sociedades de capitalização.

CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar)

O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que faz parte do sistema de previdência complementar no Brasil. Sua principal função é regular e fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar, conhecidas como fundos de pensão.

O CNPC é composto por representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas, sendo formado por membros indicados pelo Ministério da Economia, pelos trabalhadores e pelas entidades fechadas de previdência complementar.

Suas atribuições incluem estabelecer diretrizes e normas para o regime de previdência complementar fechada, definir regras para a criação, operação, fusão e liquidação das entidades, regular os investimentos e aplicações financeiras dessas entidades, garantir a solvência e a gestão financeira adequada, estabelecer critérios para a concessão de benefícios previdenciários, fiscalizar as atividades das entidades e disciplinar a atuação dos dirigentes e conselheiros.

O CNPC realiza reuniões periódicas para discutir e tomar decisões sobre assuntos relacionados à previdência complementar fechada. Suas deliberações têm impacto direto na regulamentação e funcionamento das entidades de previdência complementar, visando à segurança e proteção dos participantes e beneficiários dos planos.

Assim, o Conselho Nacional de Previdência Complementar desempenha um papel fundamental na regulação e fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar no Brasil, garantindo a gestão adequada dos planos e a proteção dos direitos dos participantes.

Entidades Supervisoras

Por sua vez, as instituições supervisoras têm a responsabilidade de disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado financeiro. Elas monitoram os participantes do mercado e aplicam sanções para corrigir comportamentos em desacordo com as diretrizes normativas.

BACEN (Banco Central do Brasil)

O Banco Central do Brasil (BCB) é a entidade encarregada de supervisionar e regular o sistema financeiro no país. Sua principal missão é assegurar a estabilidade e o correto funcionamento desse sistema, além de elaborar e executar a política monetária nacional.

O BCB opera de forma independente, possuindo autonomia operacional, administrativa e financeira. Ele tem a responsabilidade de emitir a moeda nacional, o Real, e garantir sua estabilidade e valor. Além disso, o banco central regula e fiscaliza as atividades das instituições financeiras, tais como bancos comerciais, bancos de investimento, cooperativas de crédito e corretoras de valores.

As principais atribuições do Banco Central do Brasil incluem: implementar a política monetária, regulamentar e supervisionar o setor bancário, emitir moeda, controlar o mercado de câmbio, administrar as reservas internacionais e promover a estabilidade financeira.

Além dessas atribuições, o Banco Central do Brasil também desempenha um papel relevante na promoção da inclusão financeira, na condução de pesquisas e análises econômicas, e na representação do país em organizações internacionais relacionadas ao sistema financeiro.

CVM (Comissão de Valores Mobiliários)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia no Brasil. Seu principal objetivo é regular, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no país, com o propósito de assegurar a transparência, segurança e eficiência desse mercado.

A CVM desempenha um papel essencial na proteção dos investidores, na promoção da integridade e igualdade no mercado, e na manutenção da confiança dos participantes. Suas atividades abrangem várias áreas do mercado de valores mobiliários, como emissão, negociação, distribuição e intermediação de valores mobiliários.

O funcionamento da CVM é baseado em suas responsabilidades legais, que envolvem: regulação e normatização, fiscalização e supervisão, autorização e registro, educação e orientação, aplicação de penalidades.

Em resumo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por regular, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil, com o objetivo de garantir a transparência e a segurança para os investidores. Suas atividades envolvem a criação de normas, a fiscalização do mercado, a autorização de participantes, a educação dos investidores e a aplicação de penalidades em casos de infrações.

SUSEP (Superintendência de Seguros Privados)

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia do Brasil. Seu principal objetivo é regular, fiscalizar e desenvolver o mercado de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros no país.

A SUSEP desempenha um papel fundamental na proteção dos segurados, na promoção da solidez e equilíbrio do setor de seguros, e na garantia da estabilidade e eficiência do mercado. Suas atividades abrangem diversas áreas do mercado de seguros, incluindo seguros de vida, automóveis, saúde, residenciais, empresariais, entre outros.

O funcionamento da SUSEP é baseado em suas atribuições legais, que incluem: regulação e normatização, fiscalização e supervisão, autorização e registro, educação e orientação e aplicação de penalidades.

Em resumo, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é responsável por regular, fiscalizar e desenvolver o mercado de seguros no Brasil. Suas atividades envolvem a criação de normas, a fiscalização das operações das seguradoras, a autorização de empresas para atuar no setor, a educação dos consumidores e a aplicação de penalidades em casos de infrações. A atuação da SUSEP busca assegurar a proteção dos segurados, a solidez do mercado e a adequada prestação de serviços pelas seguradoras.

PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar)

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é um órgão governamental que regula e fiscaliza as entidades fechadas de previdência complementar, conhecidas como fundos de pensão, no Brasil.

A PREVIC tem a responsabilidade de proteger os participantes desses fundos e garantir a estabilidade do sistema de previdência complementar. Para isso, ela realiza diversas atividades, tais como: estabelecimento de normas, autorização e registro, supervisão e fiscalização, orientação aos participantes e aplicação de sanções.

Resumindo, a PREVIC desempenha um papel essencial na regulação e fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar no Brasil. Seu objetivo principal é proteger os participantes e garantir a estabilidade do sistema de previdência complementar, por meio do estabelecimento de normas, supervisão, orientação e aplicação de sanções quando necessário.

Operadores

As instituições operadoras, por sua vez, são as que efetivamente operam no mercado financeiro. Elas atuam como intermediárias ou facilitadoras das atividades do SFN e oferecem os serviços financeiros demandados pelos usuários. Bancos e instituições de pagamento desempenham papéis importantes no setor monetário, de crédito, capital e câmbio, enquanto seguradoras, resseguradoras e entidades de previdência complementar desempenham funções no setor de seguros e previdência. Essas instituições, em conjunto, compõem o SFN e trabalham em harmonia para garantir a eficiência, transparência e estabilidade do sistema financeiro, bem como para atender às necessidades das pessoas e empresas que dele dependem.

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